quinta-feira, 19 de junho de 2008

política rasca



Infelizmente para o nosso país, a existência de políticos rasca, mancha bastante o território nacional.
A partir de determinada fase da democracia pós-25 de Abril, os partidos do poder foram invadidos por pessoas com poucas qualidades mas com muitas ambições pessoais.
Assim muitos cidadãos, só chegaram a lugares de responsabilidade local, regional ou nacional, pelo facto de terem muita “esperteza” e conversa em conjunto com o principal trunfo: (serem do partido mais votado).
Em Almeirim, no período de 1974-88, graças a um trabalho autárquico colectivo em que os eleitos de todos os quadrantes políticos participaram, atingiu-se um nível de evolução em todo o concelho, que o tornava líder no distrito. Para além disso, organizaram-se instrumentos de planeamento que permitiram desenvolver investimentos de uma forma sustentada e coerente.
Desde que esta maioria com este presidente da câmara, tomaram conta do concelho, uma inversão de valores e princípios foram aos poucos sendo instalados.
- Anulou-se e recusou-se a colaboração de qualquer autarca que não fosse do partido do poder.
- Funções que os eleitos deveriam exercer foram transferidas para assessores, consultores e outros que tais. (antes só havia um funcionário para secretariar todos os membros do executivo, incluindo o presidente).
- Em vez de optimizar os serviços, contrataram-se “pessoas de confiança” ou contrataram-se empresas privadas para fazer, “o que serviços camarários até então faziam.”
- Como foi denunciado (só neste mandato), permitiu-se a concentração das grandes decisões só numa única cabeça “com assessoria” reduzindo todos os outros membros do grupo a pouco mais que figurantes, dando cobertura a projectos pessoais.
Assim o nosso concelho chegou à situação em que muitos dos fundos da CEE foram aproveitados de uma forma avulsa, não sendo discutida, criada ou implementada qualquer perspectiva de desenvolvimento sustentado para o concelho.
O rebentar do caso da possível construção de uma prisão nos Paços Negros, traz à evidência a forma rasca como este presidente da câmara tem governado o concelho em total desrespeito pelos outros membros do executivo e população em geral.
Sentiu necessidade de neste momento, se afirmar pessoalmente, comportando-se como um ilusionista que tira um coelho da cartola. Queria fazer mais um figurão, bem à sua maneira.
Só que as implicações que tem para o concelho e principalmente para a zona que secretamente foi negociada, são tão profundas que uma decisão destas só poderá ser tomada depois de discutidos os prós e contras de uma forma aberta e democrática.com todos os interessados. e no respeito pela legalidade.
Espero estes factos ajudem a população do concelho, a tomar melhor conhecimento da forma como tem sido gerida a nossa câmara, nos últimos anos.

provérbio (quem brinca com o fogo queima-se)

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