terça-feira, 19 de maio de 2009

Circular urbana


Foram iniciadas as obras de construção, de mais um troço da “circular urbana de Almeirim”, cujos custos vão ser suportados por mais um empréstimo bancário.
Se não houvesse ligações entre a rua de Coruche e a Estrada de Vale Barrocas, seria perfeitamente justificável. Só que num curtíssimo espaço (na zona industrial e dos comércios) já existem cinco ligações.Por outro lado, a ligação entre a Zona Industrial e a rua das Fazendas (Condessa da Junqueira), só pode ser feita pela rua Padre António Vieira. Isto é: A única ligação entre a Zona Industrial e a maior parte da terra, está completamente afunilada numa rua com pouca capacidade de escoamento de tráfego.
Dado que a construção desta circular, está a ser executada por troços, penso que o que seria lógico para um autarca consciente, era prioritariamente a construção do troço entre a Zona Industrial e a rua das Fazendas.Mas a verdade é que o actual presidente da câmara, está mais preocupado com a fachada do que com as questões de fundo da gestão autárquica.
É evidente que os “bananas” vão ficar de boca aberta com mais esta obra e a do parque “Lourenço de Carvalho”, só que as prioridades são avulsas, como aliás tem sido a sua gestão.

parque das laranjeiras!



A câmara de Almeirim, deliberou numa última reunião, fazer obras de remodelação no parque das laranjeiras “Parque Lourenço Carvalho Catalão”, com recurso a mais um empréstimo bancário.
Estas obras, no valor de 849.000 Euros, entregues a uma empresa espanhola, visam reduzir drásticamente o número de estacionamentos e alargar a zona pedonal.
Tudo isto era muito bonito, se fosse para fazer um parque de raiz, ou se o que lá está, não tivesse sido construído há pouco mais de vinte anos.
Acresce a esse facto, a proximidade a que se encontra o jardim da República, que era o local onde até há poucos anos, os Almeirinenses utilizavam para os seus passeios domingueiros.
Só que, antes era um jardim, actualmente está praticamente ao abandono,onde poucas flores existem e as árvores têm morrido a pouco e pouco, afastando as pessoas do local
Em minha opinião, a realização deste investimento nesta altura, para além de um desperdício, visa exclusivamente fins eleitoralistas tendo em conta outras necessidades a nível de concelho.
A não ser que, algum novo morador local muito importante, reivindicasse essa obra.
Tudo isto ainda me cheira mais a esturro, tanto mais que este presidente, em tempos anunciou com grande pompa, a construção neste local, de um parque de estacionamento subterrâneo, tendo a câmara despendido vários milhares de Euros nesse projecto encomendado a uma empresa de projectos, muito conhecida desta autarquia.

sábado, 16 de maio de 2009

As contas da câmara




Segundo o anuário financeiro dos municípios portugueses, referente a 2007, a câmara de Almeirim, entre os 308 concelhos do país, está em 17º a contar do fim, no que diz respeito aos resultados económicos da gestão.
O deficit da gerência nesse ano foi de (-3,26 milhões de euros)
Observando as contas da gerência de 2008 constata-se que esse deficit aumentou para (-4,97 ME), o que vai empurrar Almeirim para uma posição ainda mais triste.
As dívidas em 2007, eram num total de 6,8 ME e em 2008 já atingiram o valor de 7,7 ME.
Para dar uma ideia do monstro que foi sendo criado ao longo dos 20 anos da gestão deste presidente, vou comparar os últimos números que eu disponho, e referentes à gestão de 1988 do presidente Alfredo Calado no que diz respeito ás despesas correntes, de investimento e receitas, com os valores de 2008.
Despesas correntes (em 1988- 1,5 ME), (em 2008 – 11,3 ME)
Despesas de capital (investimentos) (em 1988 – 2ME), (em 2008 – 3,2ME)
As receitas totais, em 1988 foram 3,7 ME e em 2008 14,3 ME
Quer isto dizer, que em 2008 com quatro vezes mais receitas que em 1988 (vinte anos depois), o valor dos investimentos foi ligeiramente superior.
Mas que grande pobreza de gestão! E que grande desperdício agravado pela desorganização dos serviços.Gerir uma câmara é bem mais do que distribuir subsídios e fazer festas.
Em 2008 o descalabro chegou ao ponto das despesas correntes já atingirem 77,8% do total, verificando-se um aumento de 8,4%, em relação a 2007 enquanto os investimentos diminuiram 20%.
Recordo que em 1988 as despesas correntes foram 40% e as de capital 60% do total.