segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Fim de ano

.Em simultâneo com o aumento dos índices de pobreza em Portugal nesta passagem de ano constacta-se que:- As passagens de avião para o Brasil estão esgotadas e o ingresso nas festas dos principais hotéis de luxo nacionais, com custos por pessoa superiores ao salário mínimo nacional também estão esgotados. A classe média está a pouco e pouco a transformar-se nos novos pobres, embora com telemóvel e carro. Somos um país de cada vez maiores contrastes.

Última Hora

Portugal vai candidatar-se à realização do mundial de futebol de 2018.

Era o que fazia falta!

Ainda há quem diga mal da nossa casta de dirigentes. O Gilberto Madail merece bem os milhares de Euros que ganha por mês.

O Povo vai de novo poder pendurar as bandeiras nacionais por este grande feito e ir por aí buzinar os carros.

Máfia no Porto

Alguns jornais noticiaram que as várias mortes verificadas na noite do Porto foram obra de máfias poderosas.

Observação:

Convém recordar que para uma organização ser considerada mafiosa tem que obedecer a três condições:

1- forte ligação a poderes políticos instituídos)
2- ligações ao sistema judiciário)
3- complacência da sociedade envolvente)

Curiosidade (os amigos são para as ocasiões)

Duas das principais testemunhas de defesa do snr. Pinto da Costa sobre os processos que tem em tribunal, são o engº Nuno Cardoso ex-presidente da câmara do Porto (PS) e o arqº Fernando Gomes também ex-presidente da câmara do Porto (PS) e actualmente na administração da caixa geral de depósitos.

O Pacto da Justiça

domingo, 30 de dezembro de 2007

Reforma da justiça

No ano em que as leis penais foram alteradas em quinze dias reproduzo aqui a opinião de alguns dos intervenientes no sector.
Não inclui a opinião de nenhum político.

“Perdeu-se ou adiou-se a oportunidade de reformar um sistema que precisa de uma mudança efectiva”
“O Estado está a demitir-se de administrar a justiça e isso é um retrocesso civilizacional”
“A maior preocupação do Governo foi deslegitimar os juízes e o poder judicial.”
“O Governo vai sucumbindo e arrasta a justiça para o abismo. É preciso dizer basta”
“ Continua por resolver o problema mais sentido na justiça; a sua morosidade.”
NOTA: O pacto da justiça é mais uma prenda do bloco central para os Portugueses

sábado, 29 de dezembro de 2007

Requisitos de um Chefe

Com a consolidação do sistema democrático, a entrada na CEE,e a sede de poder a ser uma regra generalizada na sociedade portuguesa, também o corpo não escapou a esta
onda..
Assim, e por comum acordo entre todos os órgãos do corpo, foi convocada uma assembleia, para decidir qual o órgão que iria ser o chefe. Todos os órgãos foram então
convidados a apresentar os seus argumentos e propostas.
O primeiro a apresentar a candidatura para chefe foi o cérebro, afirmando que como é do conhecimento de todos que é ele que controla, coordena, pensa e decide sobre a actividade de todos os outros órgãos.
No entanto ao invés do que era de esperar, outros órgãos também se acharam com argumentos fortes para concorrer a tão ambicionado lugar.
As pernas , disseram que por transportar o corpo tinham de ser elas a chefiar.
A Boca por ser ela a receber os alimentos, que irão dar origem à criação de energias necessárias para o funcionamento do cérebro e movimentação das pernas, também se achava no direito de ser chefe.
Todos os outros órgãos:- Coração,Pulmões, Estômago, Ouvidos etc. apresentaram os seus argumentos, com vista ao preenchimento do lugar.
No auge de uma acalorada discussão, ouviu-se um potente peido a um canto da sala de reuniões :-Era o cu a pedir a palavra para argumentar sobre a sua candidatura a chefe.
Aquilo foi uma gargalhada colectiva e o gozo,a zombaria e a algazarra foi tal que o cu não conseguia fazer escutar os seus argumentos. Então o cu ficou tão furioso que abandonou a reunião, declarando publicamente que em protesto se recusava a trabalhar e portanto não cagava mais.
Poucos dias depois , o corpo começou a sentir os efeitos preversos do boicote decretado pelo cu :- O cérebro estava febril,os olhos estavam encovados, o coração e os pulmões esforçavam-se mas não aguentavam , as pernas estavam quebradiças , a boca mal se abria e os olhos viam tudo turvo ; Enfim , o caos era geral.
Em face desta calamidade , foi convocada uma reunião de emergência , tendo sido apresentada a proposta para que o cu fosse o chefe. Efectivamente face à morte eminente do corpo foi celebrado um «PACTO» entre os órgãos.
Assim daí para a frente, todo o corpo trabalhava e o cu chefiava :- Era cagada atrás de cagada.
Tal foi o êxito que quem alternadamente nos governava «pactuou» para que esta seria a metodologia a prevalecer para o futuro. O primeiro pacto então celebrado ( ainda em surdina) foi a da distribuição dos cargos de chefia nas empresas públicas (vulgo – TACHOS) (mal remunerados, com poucas regalias e mordomias) tendo atingido em pleno os objectivos para que foram nomeados.”veja-se o que se passa actualmente com as nomeações para a administração da CGD.”
Numa perspectiva de internacionalização e de afirmação, um nosso chefe também assinou um« pacto» na base das lajes e como paga e para compensar a sua participação mais tarde foi-lhe atribuído um alto cargo Europeu.
Dentro do mesmo espírito e em continuidade e alternância, foi depois celebrado a nível interno um «pacto» para a justiça tendo como finalidades o combate à (corrupção,grande criminalidade económica e pedofilia). Como o êxito foi tão grande os chefões estão em vias de culminar outro «pacto» as leis eleitorais para que os doutos chefes se perpectuem alternadamente no poder.
Moral da história – Para ser chefe neste país basta ter cu e fazer merda.

CURIOSIDADE (amor com amor se paga)

O leader do PSD pediu ao primeiro ministro que nomeasse para administrador da caixa geral de depósitos um militante do PSD, como paga de nomeações que estes tinham feito em situações anteriores……Apetece dizer:”A pouca vergonha já não tem limites”
Onde é que este país chegou

Curiosidade (dar pei... com o c. dos outros)

A Câmara de Vila Nova de Gaia de que é presidente o Snr Luís Filipe Menezes é a câmara mais endividada do País……(O preço de uma promoção pessoal) “É muito fácil gastar o que não é nosso, difícil é gerir o que é Público

Cimeira de Lisboa-ENCERRAMENTO

Estaria muito mais em conformidade com a política e cantoria nacional se no espectáculo de encerramento da cimeira actuassem os artistas Tony Carreira e Rute Marlene.

regresso a penates

(Desmontada a tenda, vamos agora regressar à nossa apagada e vil tristeza. Sócrates incluído. É o triste regresso ao país real. Onde o reconhecimento do estatuto com que Sócrates sonhou está muito longe de ser uma realidade. A presidência da EU deu-lhe a visibilidade com que tanto ansiava e parece ser a maior ambição de todos os políticos. Com a colaboração do seu amigo Barroso, ajudou a que os recados que lhe foram encomendados fossem levados a bom termo. A que tudo fosse “porreiro”. É legítimo que Sócrates fique agora à espera do prémio que julga ser-lhe devido.)
(Há uma ironia amarga no facto de o tratado ter sido assinado em Lisboa. Com pompa e circunstância.) (É claro que a nossa soberania sempre foi mais ficcional que real. A cultura política dos nossos dirigentes sempre foi a da moda importada. Da subserviência. A do medo e da incapacidade de afirmar que temos interesses próprios. Mas dava para disfarçar. Só que a partir de agora, as limitações à nossa soberania já não poderão ser disfarçadas. A festa acabou. Para sempre. Já ninguém duvida de que Sócrates fará tudo quanto os parceiros europeus lhe sugerirem para impedir que os Portugueses sejam ouvidos. Reduzindo-nos ao grau zero de cidadania. Ontem foi a festa. Preparemo-nos para o velório.)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Tratado de Lisboa

“Sucesso Português”

Portugal fechou o ciclo da presidência da União Europeia com uma cerimónia de assinatura do Tratado de Lisboa de forte ressonância mediática à escala internacional Horas e horas de televisão com José Sócrates, Lisboa e Portugal dão um prémio de notoriedade e afirmação política na Europa que, no entanto, não nos deve iludir nem sobre o rumo da governação cá de casa nem sobre os caminhos da política Europeia.
No plano interno, Sócrates vai ter pela frente a incontornável questão da remodelação, a decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa aos primeiros dias de Janeiro, o desemprego, a economia, que tarda em disparar, a incapacidade do sistema judicial em reprimir a onda de insegurança que se vive na noite de Lisboa e do Porto. Mas na Europa o “sucesso Português” cantado à volta do tratado de Lisboa não contribui decisivamente mais democrático o chamado “projecto europeu”. O ilegível Tratado, um conjunto de emendas e remissões fora do alcance do cidadão comum, por mais letrado que seja, é o expoente máximo de uma Europa construída por uma poderosa estirpe de eurocratas que vive de um apurado instinto de auto preservação. O cidadão, já se sabe, tem uma posição longínqua nas preocupações de quem constrói tratados do mais puro recorte institucional, em particular quando o fazem sobre as cinzas de uma esmagadora maioria de referendos democráticos que aprovou o documento antecessor. A democracia europeia, também já se sabe, esbarra de vez em quando na vontade dos mais poderosos.