(Desmontada a tenda, vamos agora regressar à nossa apagada e vil tristeza. Sócrates incluído. É o triste regresso ao país real. Onde o reconhecimento do estatuto com que Sócrates sonhou está muito longe de ser uma realidade. A presidência da EU deu-lhe a visibilidade com que tanto ansiava e parece ser a maior ambição de todos os políticos. Com a colaboração do seu amigo Barroso, ajudou a que os recados que lhe foram encomendados fossem levados a bom termo. A que tudo fosse “porreiro”. É legítimo que Sócrates fique agora à espera do prémio que julga ser-lhe devido.)
(Há uma ironia amarga no facto de o tratado ter sido assinado em Lisboa. Com pompa e circunstância.) (É claro que a nossa soberania sempre foi mais ficcional que real. A cultura política dos nossos dirigentes sempre foi a da moda importada. Da subserviência. A do medo e da incapacidade de afirmar que temos interesses próprios. Mas dava para disfarçar. Só que a partir de agora, as limitações à nossa soberania já não poderão ser disfarçadas. A festa acabou. Para sempre. Já ninguém duvida de que Sócrates fará tudo quanto os parceiros europeus lhe sugerirem para impedir que os Portugueses sejam ouvidos. Reduzindo-nos ao grau zero de cidadania. Ontem foi a festa. Preparemo-nos para o velório.)
sábado, 29 de dezembro de 2007
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