segunda-feira, 7 de abril de 2008

futuro cinzento

Embora com frequentes denuncias públicas sobre corrupção e tráfico de influências, cada vez são mais normais as nomeações de políticos do bloco central para a administração das grandes empresas nacionais.
Aliás, a generalidade dessas empresas têm ex-governantes como administradores.
No geral, poucos desses administradores têm qualquer histórico da sua vida profissional
que os ligue ao âmbito da área de actividade das empresas que vão “administrar”.
Estes
senhores são o exemplo que pesa na orientação dos jovens políticos e que irá concerteza determinar a futura governação do nosso país.
A situação é deveras preocupante para quem tem princípios, e penso que está em parte retratada, num artigo de Joaquim Letria e que aqui transcrevo:

A geração J
“a geração que nos governa é a dos enteados do salazarismo, afilhados do marcelismo, crianças do PREC, cheios de expedientes e carregados de gel e de sucesso pessoal. Enterrou a geração dos resistentes à ditadura e prepara-se para acolher a geração J.
Esta geração J nasceu em democracia, foi fabricado nas juventudes dos partidos, fez a sua formação cívica na “juve leo”, nos “no name boys” e nos “super dragões”, não aprendendo grande coisa nos colégios nem nas universidades privadas e está a tirar o tirocínio em gabinetes de ministros e secretários de estado.
A geração J não fugiu aos impostos nem pagou sisa porque nunca trabalhou e vive em casa dos seus pais. Não fez a tropa, não casou e vai governar o país em breve, depois de ir à República Dominicana no fim do curso e ter a noção do mundo que a administração Bush facilita.
A geração J ganhou a experiência na catequese, ou nas discotecas, é impulsiva e irreflectida, capaz de erros graves, antes de acertar. Falta já pouco para a conhecer-mos melhor e a vermos em todo o seu esplendor. Ficaremos então cientes do seu valor. Queira Deus abençoar Portugal”.

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